A ingratidão e a falta de amor
Temos vivido tempos trabalhosos, assim como predisse o Apóstolo Paulo no terceiro capítulo de sua segunda carta a Timóteo. A falta de amor tem assolado o homem, de modo que a ingratidão tem conquistado espaço em muitos corações e assombrado as igrejas do nosso tempo. Nós, os evangélicos, temos alcançado o crescimento, de maneira que compomos hoje uma importante “fatia” da população brasileira, entretanto, precisamos atentar a essa “escassez de amor”, caso contrário, os nossos esforços terão sido em vão.
A acentuada busca pelas coisas materiais que temos observado atualmente tem levado muitas pessoas ao focalizar o individualismo, deixando de lado a generosidade e a gratidão a Deus que tudo lhes têm dado. Além disso, observamos ainda, lideres religiosos que não demonstram mais amor ao Senhor, e que tendo alcançado a realização de seus projetos, atribuem tais conquistas ao seu próprio esforço. Lembremos-nos de Davi, que quando foi exaltado e viu cumprirem-se as promessas que Deus lhe fizera disse: “Quem sou eu, ó Senhor Deus, e que é a minha casa, para que me tenhas trazido até aqui?” (I Crônicas 17.16b). Ele soube reconhecer sua pequenez diante de Todo Poderoso, e chegou a questionar porque, qual seria a qualidade, ou até mesmo o mérito para que Deus o levasse a tal posição.
Diante desse cenário, onde têm habitado a vanglória e a ingratidão para com nosso Senhor, o propósito de muitos ministérios tem se perdido. A Obra do Senhor têm sido posta de lado por alguns de seus líderes por conta de interesses pessoais, ganância e tantas outras coisas que tem se visto ao longo dos anos.
Em Lucas cap. 7 vv.36-39, 47, a Bíblia relata a respeito de um fariseu, que ao receber Jesus em sua casa não o fez como deveria, nem ao menos as cortesias habituais lhe fez. Ele não pode perceber que estava diante do Mestre e não foi capaz de enxergar sua condição de pecador diante daquele que é Santo e que vive e reina para sempre. Assim também não o pôde agradar. Foi aí que, sem que ninguém esperasse, uma pessoa que vivia marginalizada pela sociedade por conta de seus erros roubou-lhe a cena, e fez tudo o que ele deveria ter feito de forma não convencional. Ao fazê-lo, ela agradou ao Mestre que, percebendo o desprezo de todos por quem ela era e pelo que estava a fazer, fez questão de exaltar sua demonstração de amor e gratidão, dando-lhe o perdão. “(...) Portanto, eu lhes digo os muitos pecados dela lhe foram perdoados; pois ela amou muito, mas aquele há quem pouco foi perdoado, pouco ama.” (Lucas 7.47).
Quantos dos líderes de hoje, têm tratado ao nosso Senhor com o descaso próprio daquele fariseu? Quantos têm esquecido que “d’Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas”?Ainda podemos mudar nossa postura, de modo a valorizar o chamado que o Senhor fez a cada um de nós, seja no pastorear, na liderança, no serviço, etc. Ainda podemos oferecer-lhe a devida gratidão, reconhecendo a sua glória e como somos minúsculos diante de Sua Majestade. Precisamos viver de maneira que não percamos aquela humildade de quando começamos, quando ainda se tinha o temor de Deus e o medo de sua mão.

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